Nova reforma da Previdência é positiva e corrige distorções do sistema, avalia CNI

Indústria apoia proposta do governo e destaca que as mudanças são urgentes e imprescindíveis para garantir o pagamento futuro dos benefícios, estimular a retomada dos investimentos e fomentar o crescimento econômico do país

A proposta de reforma da Previdência, apresentada pelo governo federal ao Congresso Nacional, nesta quarta-feira (20/02), é muito positiva, por conter medidas que podem corrigir as principais distorções nas regras atuais de concessão de aposentadorias e pensões. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para a entidade, as mudanças são essenciais para incentivar o retorno dos investimentos, do crescimento sustentado e da necessária modernização do país. 

“A nova proposta de reforma Previdência é bastante abrangente, incluindo servidores públicos federais, estaduais e municipais, trabalhadores da iniciativa privada e políticos”, afirma o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes. “Uma de suas virtudes é exatamente estabelecer que todos os setores da sociedade deverão dar sua contribuição para a solução da questão previdenciária no Brasil”, acrescenta.

Para a CNI, as mudanças na Previdência são urgentes e imprescindíveis para assegurar o pagamento futuro de milhões de aposentados e beneficiários do sistema, uma vez que o modelo atual se tornou insustentável diante das mudanças demográficas nas últimas décadas. A entidade lembra que a faixa dos brasileiros com idade superior a 65 anos triplicou nos últimos 50 anos e que a expectativa de vida aumentou substancialmente, com a melhoria das condições de vida da população, enquanto as regras de concessão dos benefícios permaneceram sem a necessária atualização. 

“Sem realizar uma reforma profunda na Previdência, o país não terá recursos para pagar os benefícios, não apenas no plano federal, mas também por parte dos governos estaduais e municipais, que enfrentam dificuldades extremas de pagar seus servidores ativos e inativos”, afirma José Augusto Fernandes. 

O diretor da CNI destaca que, sem equacionar adequadamente o déficit previdenciário, toda a sociedade terá que arcar com os custos de elevação da carga tributária e com a falta de recursos para outras áreas onde a atuação do setor público também é fundamental, como saúde, educação, segurança e infraestrutura. “O resultado será prejuízo para os trabalhadores, para os consumidores e para a competitividade do país”, alerta.

Fonte: Portal da Indústria